Esta semana nosso amigo Olavo teve bastante trabalho.
Ele é médico e de vez em quando confere nossa pressão.
A pressão do meu marido estava alta.
Resolvemos fazer uns exames e eu também,
além de algumas alterações, estou com anemia.
Alimentação natural, com legumes e verduras,
aqui em Manaus, é bem mais complicado.
Além dos preços altíssimos,
nem sempre encontramos produtos com fartura.
Conversa vai e vem, o Dr. Olavo nos sugeriu também
substituirmos refrigerantes por sucos naturais.
Ele sempre nos traz abacaxis bem docinhos e ontem
preparou para nós o suco da casca de abacaxi.
MODO DE FAZER:
Lave bem o abacaxi por fora e depois descasque normalmente
e vai colocando as cascas no liquidificador.
Bate tudo com gelo e açúcar, passe pela peneira e pronto!!!
Fica muito bom!
Eu provei e adorei!
Eu fiquei sabendo que esse suco da casca era mais conhecido, por aqui, por ALUÁ.
Mas uma amiga nossa ligou, assim que eu fiz esta postagem e passou a informação
que o aluá é feito com a casca do abacaxi, mas é mais demorado.
Em geral, os índios descascam os abacaxis e deixam as cascas de molho na água,
por mais ou menos de 2 a 3 dias, ao luar,
adicionam também cascas de gengibre, caldo de cana ou açúcar mascavo.
A bebida parece se transformar numa bebida alcoólica,
mas na realidade, devido ao tempo de preparo em exposição,
ela fermenta e fica com esse efeito que os deixam tontos.
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É uma bebida tradicional no Norte do Brasil e é feita de abacaxi ou de milho. Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, esse nome pode ser uma corruptela de “ao luar”, porque os escravos preparavam esse refresco à noite.
Pelas pesquisas que eu fiz, podemos afirmar que o aluá foi a coca-cola do Primeiro Império aqui no Brasil. Por ser uma bebida muito refrescante, virou mania tomar aluá na Corte de Dom Pedro I. Mas essa bebida chegou primeiro na Amazônia, Ceará, Pernambuco, Paraíba e no Rio Grande do Norte.
Era uma bebida portuguesa, mas que sofreu alterações por aqui.
E era adoçada com rapadura.
O Aluá feito em Portugal era uma bebida adicionada de bagaceira,
que é a cachaça feita de uva e que muita gente conhece também como grapa.
Só que os índios da Amazônia também faziam um suco parecido, com abacaxi e com teor alcoólico bem mais baixo, porque eles usavam o abacaxi fermentado, que gerava uma pequena graduação alcoólica de 3%, metade da de uma cerveja Pilsen.
Então o aluá brasileiro misturou o culto religioso dos africanos, a colonização portuguesa e a culinária indígena. Portanto, temos aí, talvez a bebida genuinamente brasileira ou, no mínimo, a mais tradicional feita por aqui.
Hoje em dia você não encontra aluá em todas as esquinas, mas nos festejos religiosos ela é uma bebida tradicional. Na Umbanda e no candomblé, o aluá é oferecido a Yemanjá.
Em Minas Gerais, ele ainda é servido nos rituais de fé da Igreja Católica,
geralmente nas irmandades e não pode ser vendido.
No Nordeste, o aluá é bebido em algumas cidades do sertão,
nas novenas, nas festas das padroeiras. Fonte: Blog Gourmet Brasília
E pela nossa querida wikipédia:
O aluá é uma bebida refrigerante de origem indígena, feita com a fermentação de grãos de milho moídos. No Acre e no resto da Amazônia é comum se usar o milho triturado ou a farinha de milho. Em outras regiões, como por exemplo em Belém, se usam cascas de frutas como o abacaxi, raiz de gengibre (esmagada ou ralada), açúcar ou caldo de cana e sumo de limão. Também chamada de aruá.